2010-11-05

Gustavo Ramos

From: Gustavo Ramos
Date: 2010/7/7
Subject: songo - Moçambique
 
Numa pesquisa pela internet, literalmente tropecei neste email, e por arrasto abdiquei de horas de sono para explorar todo o blog. Ao mesmo tempo que fui recolhendo endereços de email de pessoas de quem fico com ideia que tenham estado lá na mesma altura que eu.
Também estive no songo, de 1983 a 1987. Filho de Fernando Ramos e Olimpia Ramos, ambos administrativos da HCB, e tenho uma irmã mais velha, Andrea Ramos.
Recordo-me de pouco, fui para lá com 3 anos, voltei com 7, lembro-me de "fugir" com as crianças negras para um planalto com uma vista inacreditavel. Salvo erro vivia no bairro norte. Existia uma familia que ficou na memoria e na amizade, Familia Matos, Maria Arcelina e (não me recordo do primeiro nome) Sr. Matos. Tinham 3 filhas, Paula, Carla e.. Teresa (?). Lembro-me de um rapaz vizinho de nome Artur Jaime.
Lembro-me de toyotas e land rovers laranja, lembro-me de uma piscina publica, tinha uma prancha de saltos, lembro-me de um restaurante self-service conhecido como o "self", lembro-me de falhas de energia, lembro-me de geradores a gasoleo, lembro-me de carrinhos de fio de cobre feitos pelas crianças negras que nada mais tinham como brinquedos, e tantos brinquedos troquei eu por essas maravilhas artesanais....
Infelizmente também me lembro de uma tragédia quando um dos bimotores que faziam a ligação Songo-Tete se despenhou a aterrar no Songo e faleceram um a série de amigos, a maioria próximos dos meus pais.
Pode parecer estranho, mas para quem esteve lá tão pequeno, tenho uma estranha curiosidade em lá voltar, e quiçá ver as pessoas com quem estive à pelo menos.... 23 anos atrás.
Cumprimentos e obrigado,
Gustavo Ramos

2 comentários:

  1. Olá Gustavo! Também eu tropecei no que escreveste há 6 anos. Eu sou irmã do Rtur Jaime:)

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  2. Isto da Intenret tem muito que se lhe diga. Nove anos depois volto a cruzar-me com este blog. Não me recordo do Artur Jaime ter uma irmã, mas também convenhamos, nao me recordo de muita coisa que ocorreu há 30 anos. Mas recordo-me que a mãe do Artur (vossa mãe), o chamava para casa ao fim do dia de uma forma muito distinta!

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