2009-07-13

Histórias do Songo.

Caros colegas.
Aqui vai uma história, das muitas passadas no Songo, que me vão vindo à memória.
Aproveito para vos desejar boas férias.
Até um destes dias.
Galvão.
 
PS. Ninguém tirou fotografias do jantar de convívio?
 
Hoje há camarão...  

O Francisco Hipólito tinha acabado de chegar ao Songo, vindo do Maputo e trouxe camarão.
Aliás, quem conheceu o Hipólito sabe bem que ele estava sempre a acabar de chegar de qualquer lado, ou a partir para qualquer lado.
Irrequieto, alegre, brincalhão, permanentemente apaixonado... nada parecia afectá-lo, nem o facto de a sua própria vida ser uma grande confusão, ou de ter duas famílias em Portugal para sustentar, nada!
Era ele o esteio da "sociedade", ele e o Sílvio. A "sociedade" era o tal grupo de que ambos faziam parte e também o Bernardo (Tabankinha), o Edgar (Aparelho de Estado) e o Bento (Peles). Eu era tolerado na "sociedade", mas nunca me convidaram para integrar a mesma, talvez por não preencher os requisitos... não sei.
Mas voltemos ao Hipólito. Era (e é, felizmente) uma jóia de rapaz. Não parava quieto. Lembro-me que, na mesma tarde, chegou a pedir o Land-Rover ao Peles, três vezes, para ir ao Bairro Sul "tratar de assuntos". Também não conseguia dizer que não a uma mulher, naquela altura já tinha filhos com duas mulheres, hoje tem com três, e sabe-se lá quantas foram aquelas com que não teve filhos.
Mas voltemos à história. O Hipólito tinha acabado de chegar do Maputo e tinhamos camarão para a ceia, no monte dos vendavais.
Eu e o Peles, que estávamos a fazer república na minha casa (ex-casa do Saldanha pai) apresentá-mo-nos para o repasto, à hora combinada.
Qual não é o nosso espanto quando, o cozinheiro de serviço (Bernardo), nos aparece com duas travessas enormes de... frango á cafreal. Achei estranho mas... toca a comer que se faz tarde.
Durante o jantar, os marmanjos não paravam de gozar comigo e com o Peles com frases do tipo:
- Então, o camarão está bom?
Eu não estava a perceber nada daquilo, mas também não me preocupava muito, o frango estava uma delícia, queria lá saber...
E de repente fez-se luz.
Eu e o Peles tínhamos, há poucos dias, mandado matar as nossas galinhas todas, porque não conseguiamos arranjar milho para elas e, como não tínhamos arca, pedimos ao Hipólito para as guardar.
Bolas pá, comeram-nos as galinhas todas...

1 comentário:

  1. Oh seu PROBOSCIDEO e as histórias da porta do Salvaterra??
    E também o que andava a fazer o sinal da rotunda do bairro sul por cima do motor do jeep?
    um abraço
    manuel azevedo

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